Uma celebração da amizade entre Brasil e França está prestes a começar! De abril a dezembro de 2025, os dois países se unem em uma grande troca cultural durante a Temporada França-Brasil. Serão mais de 300 eventos em mais de 50 cidades francesas entre abril e setembro. Depois, é a vez do Brasil receber essa festa, de agosto a dezembro, com uma programação vibrante que promete encantar públicos dos dois lados do oceano.
Vem aí a Temporada França-Brasil 2025!
De abril a dezembro de 2025, Brasil e França vão viver uma grande troca cultural! A Temporada França-Brasil chega para aproximar ainda mais os dois países, com mais de 300 eventos programados em mais de 50 cidades francesas, entre abril e setembro. Depois, de agosto a dezembro, é a vez do Brasil receber essa festa!
Por que essa Temporada é tão importante?
A ideia surgiu depois de um encontro entre os presidentes Emmanuel Macron e Lula, em 2023. Eles quiseram reforçar a amizade entre os países e mostrar como podemos caminhar juntos em temas que importam para todos: o cuidado com o meio ambiente e o clima, a valorização da diversidade social e os laços com a África e a defesa da democracia e de um mundo mais justo.
O que vai rolar?
Na França, a primeira parte da Temporada vai mostrar o melhor da cultura brasileira: exposições, peças de teatro, shows, debates, inovações e muito mais! Tudo isso espalhado por cidades como Paris, Lyon, Lille e muitas outras.
Já no Brasil, a programação francesa será anunciada no dia 26 de junho, em uma coletiva de imprensa em São Paulo. Mas pode esperar por um monte de atrações incríveis!
Quem organiza tudo isso?
A Temporada é fruto de uma parceria entre o Instituto Guimarães Rosa, o Institut Français e as embaixadas dos dois países. À frente da curadoria estão Emilio Kalil, representando o Brasil na França, e Anne Louyot, cuidando da parte francesa no Brasil.
Quer saber mais? Acompanhe as novidades no site bresilfrance2025.com!
Exposições para ficar de olho
Lucas Arruda no Museu d'Orsay: luz, memória e paisagens imaginárias
De 8 de abril a 20 de julho de 2025, o Museu d'Orsay apresenta Lucas Arruda. Qu'importe le paysage, primeira exposição individual do artista brasileiro em um museu francês. Parte da Temporada Brasil-França 2025, a mostra convida o público a mergulhar nas paisagens introspectivas e etéreas de Arruda, em diálogo com obras impressionistas do acervo do museu.
Distribuída pelas salas 32, 33 e 34 do quinto andar, a exposição destaca a série Deserto-Modelo, desenvolvida ao longo de mais de 15 anos. Inspirado no poeta João Cabral de Melo Neto, o artista pinta de memória, sem referências visuais, buscando a luz como elemento central da composição. “É a luz que guia a minha pintura, que cria intensidade e acaba por criar espaços que não são abstratos nem figurativos”, explica Arruda.
O percurso expositivo estabelece conexões entre suas obras e trabalhos de mestres como Monet, Morisot, Pissarro e Boudin, evidenciando afinidades no uso da cor, da luz e da atmosfera. Um segundo capítulo desta homenagem acontece simultaneamente no Carré d’Art de Nîmes, com a exposição Lucas Arruda – Deserto-Modelo, de 30 de abril a 5 de outubro.
Uma oportunidade rara para ver a arte contemporânea brasileira dialogando com o impressionismo francês no coração de Paris.
Carlos Vergara realiza residência artística no Château Cos d’Estournel
Como parte da programação oficial da Temporada Brasil-França 2025, o renomado artista brasileiro Carlos Vergara realiza uma residência artística no Château Cos d’Estournel, prestigiada vinícola localizada em Bordeaux. A iniciativa celebra os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países, reforçando o intercâmbio cultural por meio da arte contemporânea e do patrimônio francês.
Reconhecido por suas experimentações com materiais naturais e pela técnica da monotipia, Vergara trará ao Cos d’Estournel sua sensibilidade artística voltada para os vínculos entre paisagem, matéria e memória. Durante o mês de junho, o artista irá se inspirar nas cores, formas e texturas do terroir bordelês, assim como na arquitetura singular da propriedade, criando obras inéditas que refletirão esse diálogo entre o Brasil e a França.
Ao final da residência, as criações de Vergara serão apresentadas em uma exposição no próprio château, proporcionando uma experiência sensorial única que une arte e vinho. “Esta residência incorpora perfeitamente o espírito da Temporada: um diálogo fértil entre nossas duas culturas”, afirmou Michel Reybier, proprietário do Cos d’Estournel. A mostra será aberta ao público e promete encantar tanto os apreciadores de arte quanto os entusiastas do universo vitivinícola.
Ernesto Neto apresenta uma instalação monumental no Grand Palais
A instalação "Nosso Barco Tambor" é um ambiente multissensorial concebido para ser percorrido e habitado. Ela estabelece uma relação profunda com a natureza, explorando a continuidade entre o corpo humano e o corpo da Terra por meio de técnicas ancestrais, materiais orgânicos e fabricação manual. Inspirada pelo impacto transformador da navegação à vela no mundo, a obra transforma imagens e símbolos dessas histórias em uma comunhão coletiva e ritualística, refletida em sua arquitetura porosa.
A escultura integra instrumentos musicais de diversas culturas, com ativações periódicas durante as quais o público é convidado a entrar, explorar e tocar os tambores escondidos em seu interior. Ao unir diferentes tradições culturais, Neto evoca poeticamente uma comunicação universal através de pulsações e ritmos compartilhados.
O espaço é aberto a atividades diversas: concertos, oficinas e debates, onde adultos e crianças poderão explorar temas que inspiram o artista, como música, tecidos, história do Brasil e questões climáticas. Um café brasileiro oferece momentos de descanso, enquanto uma loja disponibiliza objetos-lembrança e obras relacionadas ao Brasil e às criações de Ernesto Neto.
No verão de 2025, "Nosso Barco Tambor" será um espaço no centro de Paris dedicado à convivência, ao aprendizado, à dança e ao sonho — seja de forma livre ou guiada por facilitadores e artistas, que conduzirão o público nesta viagem sensorial e poética.
Horizontes. Peintures brésiliennes
O Grand Palais apresenta quatro artistas contemporâneos brasileiros nas varandas da Nef Nord, em uma exposição que une práticas artísticas diversas, tanto pessoais quanto políticas.
Agrade Camíz (1988, Rio de Janeiro) inspira-se na arquitetura popular dos subúrbios e favelas do Rio, criando universos coloridos que evocam espaços domésticos e abordam temas como sexualidade, opressão feminina, corpo e infância.
Vinicius Gerheim (1992, Juiz de Fora) busca reviver sensações perdidas, combinando na sua pintura elementos da natureza, figuras animais e humanas, explorando as ligações entre sensualidade e espiritualidade.
Antonio Obá (1983, Ceilândia) investiga a construção cultural do Brasil e suas contradições, usando sua arte como ato de resistência. Ele reflete sobre a erotização do corpo do homem negro e a formação de sua identidade, recorrendo a ícones históricos e religiosos.
Marina Perez Simão (1980, Vitória) propõe universos abstratos e orgânicos, com cores vibrantes e reflexos que evocam sensações sensoriais e emocionais.
