O Museu
O Hotel Dieu com suas fachadas góticas e telhados envernizados, faz parte do patrimônio dos “Hospices de Beaune”, instituição de caridade criada em 1443 por Nicolas Rolin, duque da Borgonha e sua esposa Guigone de Salins.
Preservado num ótimo estado, esse monumento é um raro testemunho da arquitetura da Idade Média. Suas salas reúnem uma vasta coleção de objetos, móveis e tapeçarias da época. Uma visita ao políptico do julgamento de Rogier van der Weyden no Hotel Dieu é indispensável para quem quer realmente conhecer a Borgonha.
A criação dos “Hospices”
No dia 4 de agosto de 1443 nasce o Hotel Dieu. A guerra dos cem anos ainda não terminou e a cidade de Beaune sofre com a miséria e a escassez de alimentos. A cidade não possui mais recursos e os moradores de Beaune são então considerados indigentes.Para a salvação da cidade, Nicolas Rolin e sua esposa Guigone de Salins decidem criar um hospital para cuidar dos pobres. O hospital é bancado basicamente por recursos provenientes de salinas e vinhas.
No dia primeiro de janeiro de 1452 o hospital recebe seu primeiro paciente. Logo, o Hotel Dieu adquiriu rapidamente grande renome entre os pobres mas também entre os ricos, que doavam dinheiro e assim o hospital pôde crescer. Foi assim que o Hotel Dieu virou um verdadeiro “Palácio dos pobres”.
O Hotel Dieu, monumento histórico
O Hotel Dieu cobre hoje uma área importante da cidade de Beaune com seu museu, seus três campos, suas dependências e suas centenas de metros de adegas conservando assim a reserva particular de vinhos dos “Hospices”.
Mas quem diria que esta joia da arquitetura guarda uma coleção de mais de 5000 objetos, dentre eles o mais conhecido políptico do último julgamento de Rogier van der Weyden?
Desde sua fundação, Nicolas Rolin havia previsto fazer uma doação do estabelecimento na parte de moveis, tapeçarias e outros objetos que podem ser detalhados mais precisamente graças a um inventário detalhado de 1501.
Esses objetos possuem três origens distintas: a fundação em si, as necessidades do funcionamento do hospital e as doações de benfeitores ou doentes que ali já estiveram.
O inventário geral da Borgonha realizou um estudo desde 1988 e instalou 2500 móveis (camas, cofres) e 2500 objetos (tapeçarias, quadros e esculturas).
Móveis, quadros e tapeçarias fazem parte de todo um processo de restauração.
Mais informações: http://www.bourgogne-tourisme.com (Link externo)